19/02: ontem fizeram dois anos que te vi ao vivo pela primeira vez. A gente deu match num dia 01/01 do mesmo ano, mas levamos quase dois meses para nos vermos, afinal, tu de SP e eu do RS. As inúmeras mensagens, as inúmeras chamadas, nada se compararam a quando te vi, senti teu cheiro, senti teu toque. Lembro como se fosse hoje: eu, completamente perdido no aeroporto de Congonhas; tu, esbaforida, vindo do casamento do teu irmão em Santos.
Aquele sorriso. Aquele maldito sorriso. Se eu já estava caidinho só de falar contigo, quando vi aquele sorriso eu fui arrebatado. Mas não deu tempo d, de Uber, e ele ainda estava nos esperando. Falamos o caminho todo, sobre coisas aleatórias. Parecia tão natural, mesmo eu morrendo de timidez, enquanto tu parecia inteiramente segura de tudo.
Chegamos no prédio do teu apartamento e dentro do elevador eu inclinei minha boca à tua e te beijei, no que tu retribuiu. O sacramento do que eu achava, a certeza do que se sentia, a magia que e vibrava pelo ar, ardente. Era tudo real, agora palpável. Tão sincero, tão singelo, mas tão grandioso ao mesmo tempo. Duas pessoas que nunca tinham se encontrado, perfeitamente encaixados como se se conhecessem há eras.
Ontem fizeram dois anos que a gente se viu pela primeira vez, se beijou a primeira vez, sorriu mutuamente um pro outro, transou pela primeira vez... e agora, por essa mesma época, faz um ano que a gente não se vê, um ano que a gente não se beija, um ano sem sorrisos mútuos, um ano que a gente não transa.
Eu não sei mais nada de ti. Tenho de ti apenas um silêncio abissal. Como tu tem estado? Tá feliz? Encontrou contentamento no emprego novo? Segue fazendo torrada com ovo mexido e abacate? E o teu gatinho? O quadro que eu pintei pra ti ainda tá pendurado na parede? Tu encontrou outro alguém? Tu acha que a Fernanda Torres vai ganhar esses bendito Oscar? Tu ainda pensa em mim?
Tem noites que a tua voz sussurra... e é só saudade.
Sorte, te desejo sorte, e onde quer que esteja, que esteja bem e feliz.
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